IO 1 Criação de uma base de dados de voluntários para empresas, indivíduos e associações voluntárias
Os parceiros do projeto desenvolvem uma base de dados que visa arquivar e registar indivíduos e organizações voluntárias (por exemplo, das áreas do desporto e instituições de caridade) interessados em trabalhar com prisões no futuro, procurando promover uma estrutura social estável para reclusos após sua libertação.
A plataforma visiona, também, cadastrar empresas que oferecem estágios ou empregos a ex-reclusos. As empresas poderão adicionar as ofertas de emprego disponíveis nas suas instituições na base de dados. A inscrição é voluntária para todos os participantes.
Os parceiros do projeto promovem a base de dados, a manutenção dos contactos obtidos, o registo nas suas redes e finalmente, ligam-nos aos estabelecimentos prisionais associados. Os funcionários das prisões ou as ONG associadas (consoante o país) terão acesso direto à base de dados de modo a facilitar de forma significativa a identificação de empresas, voluntários e organizações interessados. Apenas os estabelecimentos prisionais, as ONGs associadas ou os parceiros do projeto poderão acessar os dados disponibilizados pelos voluntários e pelas empresas.
A parceria do projeto estabeleceu como objetivo primário a obtenção de pelo menos 20 empresas e 20 voluntários ou organizações registadas na base de dados em cada país parceiro (Alemanha, Áustria, Itália, Portugal). A base de dados pode ser utilizada por todos os participantes independentemente do hardware disponíbilizado - podendo ser também acedido a partir de dispositivos móveis (software baseado no navegador).
IO 2 Elaboração de fichas pedagógica para funcionários da prisão/ONGs para avaliação das competências-chave dos reclusos
Os parceiros do projeto estão a desenvolver fichas de observação para funcionários prisionais e funcionários das ONGs associadas, sendo utilizadas no projeto de modo a avaliar os reclusos com recurso à atribuição de uma nota durante as atividades desportivas, nas quais as competências sociais são particularmente evidentes. Este campo é particularmente adequado à observar dos reclusos e à atribuição de notas. As fichas de observação podem ser utilizadas sobretudo durante a prática de desportos coletivos nas prisões, mas também para outras atividades nas quais seja possível observar as competências sociais dos reclusos.
A elaboração de fichas pedagógicas visa identificar oportunidades individuais e adequadas de trabalho e formação para os reclusos durante a sua permanência na prisão. Esta atividade, para além de promover a motivação, oferece a possibilidade de inserção no mercado de trabalho após a saída do recluso do meio prisional, uma vez que as notas possibilitam uma classificação específica para o emprego em determinadas ocupações. As notas servem como referência, podendo ser consideradas como um alicerce para uma integração bem-sucedida no trabalho e na sociedade. Este sistema permite que os (ex)reclusos apresentem as suas notas/avaliações como referência a potenciais empregadores.
Os funcionários das prisões ou funcionários de ONGs são previamente treinados aquando a análise e preenchimento das fichas de observação. Nesta fase, aprendem os critérios que devem avaliar e como atribuir notas aos mesmos. As fichas de observação são adaptadas às necessidades de um determinado estabelecimento prisional/correcional. Durante a sua elaboração, é dada particular atenção ao fato de que os funcionários das unidades prisionais e das ONGs associadas poderão não ser considerados profissionais pedagogicamente capacitados.
IO 3 Teste do modelo de uma cadeia de processos para a alocação de ex-reclusos no mercado de trabalho
A cadeia de processos visa coordenar as atividades dos atores regionais. Como tal, oferece a possibilidade de facilitar a integração de ex-reclusos em estágios, formações profissionais ou no mercado de trabalho. Para atingir este objetivo, o projeto dá uso à base de dados de voluntários e ás fichas de observação pedagógica desenvolvidas durante o mesmo. A base de dados dá às prisões e ONGs associadas acesso a contactos de empresas interessadas em empregar ex-reclusos, permitindo-lhes reunir acompanhar o processo de libertação. As fichas de observação podem ser usadas para identificar reclusos adequados para este programa.
A cadeia de processos reúne todos os participantes importantes e necessários de modo a atingir os objetivos propostos pelo projeto.